Pelo jeito, o 'professor' Ney Franco adora colecionar desafetos no soberano São Paulo. Em menos de um mês, ele ganhou três.
Primeiro foi o meia Ganso. Depois, o 'xerife' Lúcio. E, agora, o volante Fabrício. Em comum, cara feia e beicinho por ter deixado o time ao longo de uma partida.
Na verdade, a queda de braço começou mesmo com o capitão, artilheiro, cartola e goleiro Rogério Ceni. Que, tempos atrás, discordou de uma substituição feita pelo treinador.
Depois, foi a vez de Ganso mergulhar na revolta, atirando um copo de água no banco de reservas ao sair de campo no clássico com o Palmeiras.
Igualmente feliz ficou o zagueiro Lúcio ao ser sacado do duelo contra o Arsenal, pela Libertadores. Ele gostou tanto da ideia do 'professor', mas tanto, que se mandou para o vestiário, tomou banho e foi curtir um som no ônibus da equipe.
Ao saber da derrota do time para os hermanos, Lúcio aplaudiu a decisão do treinador na volta da delegação: 'Quando eu saí o jogo estava 0 a 0'.
O mesmo placar de Ribeirão Preto na substituição de Fabrício, que chiou barbaridades, mas pelo menos com outro final: o Tricolor venceu.
Por enquanto, o técnico tem o respaldo dos engomadinhos de colarinho branco do clube contra os rebeldes. Resta saber até quando poderá cantar de galo.
Como desgraça pouca é bobagem, uma declaração de Ney Franco, após a vitória sobre o Botafogo, caiu como uma bomba entre os torcedores: na Libertadores, o time está no bico do corvo, mas no Paulistinha deita e rola.
O ‘professor’ substituiu a grande paixão dos são-paulinos, a conquista da América, por um mequetrefe estadual. Mais ou menos como acontecia com o Corinthians num passado recente.
Ney Franco, um adorável colecionador de desafetos no soberano São Paulo. Até quando?
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Meeeenngooo! O Flamengo arrasa os adversários nas arquibancadas do Nordeste. O urubu voa soberano com 22,4% dos torcedores, contra apenas 8,6% do Corinthians, o segundo colocado. De acordo com a Pluri Stochos, essa diferença representa sete milhões a mais de rubro-negros que corintianos na região. Somados, os times cariocas têm 32,2% das preferências, e as equipes paulistas, 19,1%. Já 25,8% não torcem para ninguém. O ranking: 1) Flamengo – 22,4%; 2) Corinthians – 8,6%; 3) Vasco – 6,8%; 4) São Paulo – 5,7%; 5) Sport – 4,8%; 6) Bahia – 4,1%; 7) Palmeiras – 3,4%; 8) Santa Cruz e Vitória – 2,6%; 10) Náutico – 2,2%.
Sugismundo Freud. Só bebe água limpa quem chega primeiro.
Trampolim 1. Há coisas que só acontecem no Palmeiras. Depois de livrar-se parcialmente das críticas pela negociação do pirata Barcos com o imortal Grêmio, eis que o nobre presidente Paulo Nobre informa no ninho dos periquitos em revista: o clube não tem dinheiro para comprar os direitos federativos de Leandro, novo xodó da torcida, por R$ 13 milhões.
Trampolim 2. Os cartolas do Grêmio esfregam as mãos de felicidade e, penhoradamente, agradecem ao coirmão paulista por não ter um tostão furado. Os gaúchos esperam faturar muito mais com uma negociação do garoto para a Europa, principalmente após o batismo na amarelinha desbotada, quando marcou um gol no amistoso com a Bolívia. Têm certeza de que Leandro despertará a cobiça dos gringos já na janela de agosto. Chama a Val!
Dona Fifi. Corre pelas alamedas do velho Palestra que o volante Souza renovou contrato por R$ 240 mil mensais. Ficará no ninho dos periquitos até 2017.
Zapping. A bicada do periquito na macaca rendeu 15 pontos de audiência à plim-plim na grande Pauliceia bangue-bangue, um a menos que Guarani x Corinthians. Na Band, Ponte x Palmeiras cravou cinco. Já na Cidade Maravilhosa das balas perdidas, Botafogo x Olaria amealhou 14 pontos, pior ibope da emissora carioca desde fevereiro. Na final da Superliga de vôlei, a plim-plim obteve 11 pontos, enquanto ‘The Ultimate Fighter’ caiu de nove para oito. Sábado, o amistoso da amarelinha desbotada com a Bolívia atingiu 18 pontos.
Só pra contrariar. Deco, um ex-jogador em recuperação no departamento médico do Fluminense?
Gilete press. Do colunista Otávio Cabral, em ‘Veja’: “O PSB convidou Alexandre Kalil, do Atlético Mineiro, para se filiar ao partido e concorrer a governador de Minas. O convite foi feito após a avaliação de uma pesquisa que mostra que Kalil chega a 17% das intenções de voto, atrás apenas de Fernando Pimentel, do PT. O prestígio é embalado pelo bom desempenho do time. O cartola, porém, não parece ter sido seduzido: 'Quero ser governador só do Atlético'.” Cocoricó!
Tititi d’Aline. Há uma boa razão para o fofo Ronaldo se virar nos 30 e topar qualquer coisa para faturar uns trocados. O patrimônio acumulado durante a carreira de jogador atinge apenas R$ 1 bilhão. Ô coitado!
Você sabia que... a Nike colocará no mercado uma nova camisa do Corinthians, inspirada no título do Brasileirão/90, em duas versões, uma a R$ 299 e outra a R$ 199?
Bola de ouro. Agüero. O hermano do Manchester City acabou com uma invencibilidade de 18 jogos (16 vitórias e dois empates) do Manchester United na Premier League e com um tabu de 41 anos sem o City ganhar duas vezes seguidas na casa dos ‘Diabos Vermelhos’.
Bola de latão. Tênis brasileiro. Caiu no ranking do grupo mundial da Davis. Em 17º lugar, não será cabeça de chave na repescagem e deverá pegar pedreira na luta para voltar à elite.
Bola de lixo. Zé da Medalha. Pelos ótimos serviços não prestados, o empírico cartola está por um fio na presidência do comitê da Copa.
Bola sete. "Essa coisa de cidade olímpica é uma piada. É apenas um discurso bonito do prefeito [Eduardo Paes]. A verdade é que as modalidades estão sendo expulsas da cidade” (de Cláudio Santos, presidente da federação carioca de ciclismo, na 'Folha' - que venha a Rio-2016).
Dúvida pertinente. Goleiro Júlio César, lateral Ramon, atacante Elton, volante Willian Arão, meia Ramirez e mais uma grana por Dedé: bom negócio para o Corinthians?
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jose.r.malia@espn.com